O espetacular rolador holandês voltou ao ciclismo World Tour, após exatos 221 dias sem correr.A 1a. etapa do Tour de Suisse, um CRI de 10 10 km vencido por Stefan Kung, marcou este retorno após muita incerteza sobre o futuro de Tom Dumoulin. O ciclista da Jumbo-Visma deu muitas declarações nos útimos dias e uma delas é que ele está com apenas 1 mês de treinamento.
E ainda assim a fera terminou a prova num ótimo 16o. lugar, a 32″ do especialista suíço Kung. Em 15o. chegou o favorito da prova Richard Carapaz, no pico da forma, mas com apenas 1″ de vantagem sobre o holandês. Isso dá a dimensão do talento de Dumoulin.
Em entrevistas, ele pisou e repisou que está na Suíça por conta das duas etapas contra o cronometro e nada de disputar a Geral. Eu acredito. Não me surpreenderei se tomar 10′ por dia, até porque ele quer chegar inteiro no próximo CRI.Agora o holandês terá 52 dias até largar no CRI dos JO em Tóquio.
E mais nenhuma corrida. Ele fará treinos em altitude e tudo mais, mas sem competir.O CICLISTA – Aos 30 anos de idade, Tom Dumoulin é o que chamamos de passista-escalador (além de contrarrelogista). Ele não é explosivo com um Roglic, mas tem um “motorzão diesel”que lhe permite impor um passo forte em subidas duras. Dumouliné um ciclista que me lembra muito Miguel Indurain, pela altura e pelo estilo se correr.
Ele tem a capacidade de colocar tempo em seus rivais nos CRI e depois administrar os ataques dos escaladores puros nas montanhas. Foi assim que Big Tom venceu o Giro d’Italia 2017, batendo, pela ordem, os favoritos Nairo Quintana, Vincenzo Nibali e Thibaut Pinot.
Desde então vem tendo uma boa dose de azar, com quedas, recuperações difíceis e até excesso de treino.Ainda assim teve um excelente 2018, fazendo um semi-doublé: foi 2o. no Giro e no Tour.
Eu espero que Dumoulin recupere o prazer em ser ciclista profissional, que vá muito bem no CRI olímpico (correndo contra Dennis, Ganna, Remco, Van Aert e Kung) e volte aos Grand Tours em 2022.Sua presença em boa forma fará bem ao ciclismo.